“Há um só Deus, o Deus vivo e verdadeiro”. O Catecismo, após dizer o que Deus é, afirma que existe apenas um Deus. É preciso explicar que esta pergunta não contraria a Doutrina da Triunidade Divina, como será exposta na pergunta seguinte. Mas a pergunta combate tanto o ateísmo, como o politeísmo. Podemos dividir a pergunta em dois pontos: 1) existe um só Deus – aqui se contrapõe aos “muitos deuses”. A exclusividade de um único Deus é apresentada nas Escrituras desde o começo (Gn 1.1; Dt 6.4). À luz da razão também é possível reconhecer um único Deus, pois a unidade do sistema da Criação, a sugestão de uma única e primeira causa de todas as coisas. Desta forma, qualquer outro ser que diga ser deus, não sendo o das Escrituras, é falso e/ou não existe. Não existem outros Deus, senão um só. 2) “o Deus vivo e verdadeiro” – esta proposição reforça o que foi dito acima. Aqui fica claro o motivo de haver um só Deus. Para que alguém ou algo afirme ser Deus é preciso ter a vida em si mesma, isto é, ser a fonte da própria vida e fonte da vida das criaturas. Ora, se todo e qualquer ser depende de outro para viver, não pode ser considerado deus. Daí a ênfase do Catecismo: “Deus vivo e verdadeiro”, pois todas as divindades dos pagãos, antigos e atuais, os deuses da Nova Era, não passam de divindades falsas que não possuem em si mesma a vida, portanto não existem como deuses, mas como ídolos, e o ídolo “nada é”( IÇO 8.4). A importância de um único Deus vivo e verdadeiro deveria-nos levar a responsabilidades para com Ele, pois “nele vivemos, e nos movemos, e existimos”(At 17. 28).
Rev. Gaspar de Souza. SDG
Boletim 23.03.08
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