"Visto que o pacto foi feito com Adão, não só para ele, mas também para a sua posteridade, todo o gênero humano, que dele procede por geração ordinária, pecou nele e caiu com ele na sua primeira transgressão”(At 17.26; Gn 2.17; Rm 5.12; 1Co 15.21).
A pergunta de hoje procura abordar dois temas: Adão como Representante Legal de toda Raça Humana; e a Queda da Raça Humana no primeiro pecado de Adão. É realment
e central esta Doutrina para a História da Salvação. De que Jesus Cristo veio nos salvar? Há quem pense que Cristo veio nos trazer riquezas, saúde e boa vida, ser apenas exemplo para a humanidade. Porém, desconhecendo os primórdios da História da Salvação, não compreendem a grandeza de Cristo, o Segundo e Último Adão. Note como o BCW dispõe acerca da verdadeira doutrina. Primeiro, Adão é posto como Cabeça da Raça Humana, pois foi com ele que Deus fez uma pacto. Nele, em Adão, estava representado todo o gênero humano, exceto Jesus Cristo, que, embora humano, não descende de Adão por “geração ordinária”, pois foi concebido no ventre da virgem Maria por obra do Todo-Poderoso(Lc1. 35). O Senhor Deus trata conosco com base no princípio da representação(Gn 3. 15). A contestação a este fato é iindigna de aceitação, pois “o princípio da representação funciona constatemente na vida humana comum e ninguém o contesta”(J.G. VOS, 2007, p. 90, 91). Assim, o primeiro Adão é um representante; o segundo e último Adão, Jesus Cristo, é outro representante(1Co 15. 45). Ainda nota o BCW que “todo gênero humano caiu na primeira transgressão”. O princípio da Justiça é aqui apresentada por dizer que somos culpados apenas da primeira transgressão de Adão. Não foram precisos muitos pecados de Adão para nos tornar culpados, mas apenas o primeiro, pois ali, no Edén, ele transgrediu como “Cabeça Federal” de sua posteridade. Os seus outros pecados são culpas sua e não nossa. Pode-se afirmar duas conclusões disto tudo: 1) Somos representados por Dois Personagens: Adão e Jesus. Sendo assim, a condenação ou salvação não é obra do homem sozinho[independente], mas do seu representante. Se alguém não é representado por Jesus Cristo perante o Pai, continua na morte; 2) Não somos inocentes diante de Deus, o Soberano, pois como “pecamos com(em) Adão”(1Co 15.22), a culpa é imputada a nós por quebra da Aliança Primeira. Percebe como estes dois conceitos estão longe do Evangelicalismo Atual? Primeiro pela busca da auto-salvação, auto-justificação; segundo porque não se consideram nascente em desvio e corrupção, em disjunção com a Lei.
Rev. Gaspar de Souza. SDG
Boletim 15.06.08
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