sexta-feira, 17 de outubro de 2008

P 33.O QUE É JUSTIFICAÇÃO?


“Justificação é um ato da livre graça de Deus, no qual ele perdoa todos os nossos pecados( Ef 1. 7) e nos aceita como justos diante de si( II Co 5. 19, 21; Rm 4. 5; 3.22- 25), somente por causa da justiça de Cristo a nós imputada( Rm 5.17-19; 4.6-8); e recebida só pela fé”( Rm 5.1; At 10.43; Gl 2.16; Fp 3.9).
Segundo a Bíblia de Genebra, “A doutrina da justificação – o núcleo tormentoso da Reforma – era, para Paulo, o âmago do evangelho (Rm 1:17; 3:21-5:21; Gl 2:15-5:1), dando forma à sua mensagem (At 13.38-39) e à sua devoção (2Co 5.13-21; Fp 3.4-14). Ainda que outros escritores do Novo Testamento afirmem a mesma doutrina em substância, os termos com que os Protestante a têm afirmado e defendido, por quase cinco séculos, são tirados essencialmente de Paulo. Justificação é o ato de Deus pelo qual ele perdoa pecadores e os aceita como justos por causa de Cristo. Por esse ato, Deus endireita permanentemente o anterior relacionamento alienado que os pecadores tinham com ele. Essa sentença justificadora é a concessão por Deus de um status de aceitação de pecadores por causa de Jesus Cristo (2Co 5.21). O juízo justificador de Deus parece estranho, pois declarar justificados os pecadores parece ser exatamente o tipo de ação injusta praticada por um juiz, que a própria lei de Deus o proíbe (Dt 25.1; Pv 17.15). Contudo, é um julgamento justo, porque sua base é a justiça de Jesus Cristo. Como o ‘último Adão' (1Co 15.45), agindo em nosso favor, como nosso Cabeça representativo, Cristo cumpriu a lei que nos prendia e suportou o castigo que merecíamos pela desobediência à lei e, assim, ‘mereceu' a nossa justificação. Por isso, nossa justificação tem base justa (Rm 3.25-26; 1Jo 1.9), com a justiça de Cristo creditada em nosso favor (Rm 5.18-19). A decisão justificadora de Deus é, na prática, o julgamento do Último Dia, com relação ao lugar onde devemos estar na eternidade; essa decisão já é trazida para o presente e é pronunciada aqui e agora. É um juízo sobre o nosso destino eterno; Deus nunca voltará atrás, por mais que Satanás possa apelar contra o veredito (Zc 3.1; Rm 8.33-34; Ap 12.10). Estar justificado é estar eternamente seguro (Rm 5.1-5; 8.30). O meio necessário para a justificação é a fé pessoal em Jesus Cristo como Salvador crucificado e como Senhor ressurreto (Rm 4.23-25; 10.8-13). A fé é necessária porque o fundamento meritório de nossa justificação está totalmente em Cristo. Ao nos entregarmos a Jesus, em fé, ele nos concede seu dom da justiça, de modo que no próprio ato de ‘fechar com Cristo' , recebemos o perdão e a aceitação divinos, que não podemos encontrar em nenhum outro lugar (Gl 2.15-16; 3.24). [...] Paulo já tinha mostrado que todos os seres humanos, seja qual for o grau de sua piedade, estão sem méritos e necessitam da livre justificação para serem salvos. Uma justificação que precisa ser completada pelo beneficiado não oferece repouso sólido”.

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