“Pecado é qualquer falta de conformidade à lei de Deus ou transgressão a ela”(1Jo 3.4; Tg 4.7; Rm 3.23; Rm 2.15). No texto anterior falamos da Queda como um evento histórico e real. Nossos primeiros pais desobedeceram a uma ordem de Deus. Ou seja, transgrediram os limites determinados. A Lei dizia: “não comam”; eles “comeram”. A isto chama-se pecado. Portanto, “a essência do pecado é a rebeldia contra Deus”(SMITH, 2001, p. 265). É esta falta de conformidade com a Lei de Deus, bem como a transgressão da Lei Moral de Deus que as Escrituras chamam de Pecado: “Pecado é estar contra a Lei[de Deus]”(1Jo 3.4). É certo que milhares hoje não se consideram pecadores e nem que seus atos (ou mesmo palavras e pensamentos) sejam pecados. Acredita-se que pecado é apenas a ação bárbara, visível, da trangressão dos Dez Mandamentos. Porém, não se tem como escapar que o Ser Humano está envolvido, ou melhor, enredado, em pensamentos que, uma vez externados, não difeririam em nada daqueles que o praticam abertamente. As Escrituras contrariam o conceito moderno de Pecado como apenas um ato deliberado. As Escrituras vão mais abaixo da superfície e dizem que o Pecado está alojado no coração humano (Mc 721-23),que é por isso mesmo, corrupto (Jr 17.9). Não há uma só alma sobre este mundo que esteja livre desta corrupção. Nas palavras da Escritura, não há homem que “nunca peque”. Veja a figura do Ser Humano registrado por Isaías 57.4: “Contra quem escancarais a boca, e deitais para fora a língua?”. Rebeldes, é o que somos! A negação do ensinamento bíblico sobre o pecado resulta em o Ser Humano chamar o bem de mal e o mal de bem. Mesmo nós, Cristãos, não mais nos sentimos envergonhados por trangredir a Lei do Senhor. Chamamos nossos pecados de “faltas” e não iniquidades(Cf. Sl 103.10). Deixamo-nos de abraçar a Palavra de Deus e aceitamos teorias psicológicas de auto-estima. O conceito de Pecado como transgressão dos Mandamentos de Deus foi mudado por conceitos de “traumas” ou de “deficiência”, como se os males, os desejos ímpios e a corrupção do Ser Humano fossem resultados da evolução ou simplesmente produto do meio em que vive. A utopia dos Iluministas, através de suas ideologias antropocêntricas, e que prometia aperfeiçoamento moral do Ser Humano, falhou e continua a falhar. Não estamos apegados aos dogmas supersticiosos e medievais. Estamos apegados ao que o Senhor Deus revelou acerca da Natureza Humana e que é a única capaz de explicar satisfatoriamente a condição humana, bem como a solução providenciada por Deus, por Jesus Cristo, que subjulga o pecado.
Rev. Gaspar de Souza. SDG
boletim 01.06.08
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