quinta-feira, 9 de julho de 2009

P 66: QUAL A RAZÃO ANEXA AO QUINTO MANDAMENTO?


Resposta: A razão anexa ao quinto mandamento é: uma promessa de longa vida e prosperidade (tanto quanto sirva para a glória de Deus e o próprio bem do homem) a todos aqueles que guardam este mandamento”( Ef 6. 2, 3).

UMA PROMESSA ESQUECIDA

Há uma recompensa para aqueles que cumprem fielmente o preceito do Senhor. É dado como uma espécie de encorajamento para aqueles que cumprem este mandamento não desfaleçam, pois a natureza do homem é de rebelião contra o próximo. A promessa é adicionada como um estímulo, a fim de que nós possamos mais alegremente apressar-nos a nós mesmos a prestar a honra na qual está imposta sobre os outros (CALVINO).

Embora haja nela um teor histórico, isto é, “na terra que o Senhor teu Deus te dá”, a terra de Canaã, o conteúdo da Promessa é “vida longa” e “prosperidade”. Eu traduziria a segunda parte do texto como “a fim de que isto seja a causa de teres a vida prolongada nos dias sobre a terra que o Senhor teu Deus está te dando”.

Assim como a Terra seria o sinal da graça de Deus aos obedientes deste Mandamento, a vida longa seria “um testemunho da graça de Deus” sobre as suas vidas. “É, pois, como se Ele dissesse: “Honra teu pai e tua mãe para que, tendo vida longa, possas desfrutar por muito tempo da terra, e isso te servirá como testemunho da minha graça”. (CALVINO).

O curso normal das coisas é que o obediente viveria por muitos dias ou viveria uma vida plena, abundante, testemunhando da bondade de Deus. Não é à toa que Paulo chama este mandamento de “o primeiro com promessa”. A Promessa é dada objetivando atingir uma finalidade: honra teu pai e tua mãe, com todas a implicações que existam nesta expressão.

Eu não tenho nenhuma dúvida de que a Crise de Autoridade na Sociedade é conseqüência da Crise de Autoridade no Lar. Conceitos como “liberdade do filho”, dando-lhe autonomia em quase todas áreas da vida são responsáveis não por criarem adultos seguros de si, mas insubmissos ou déspotas.

Por outro lado, Pais que não exercem a disciplina corretamente, com amor e justiça, são culpados por criarem filhos que não amam o próximo, que serão rebeldes. O resultado de tudo isso é que nossa geração é uma geração de “desonradores” das autoridades constituídas (no Lar, na Sociedade, na Igreja e no Estado).

A nossa Sociedade vive como se cada pessoa sentisse no direito de fazer suas próprias regras. Você acha estranho que a maior parte dos homicídios ocorridos estão entre os Jovens? Particularmente não acho. Leis como ECA que, ao invés de proteger as Crianças nos Lares e na Sociedade, tornaram-se verdadeiros incentivos à criminalidade infantil. O Estado se apodera da Educação dos Filhos, impedindo os Pais de disciplinarem seus filhos, sob as ameaças destes! Passam a desonrar aos outros e, por fim, ou vão para as FUNDARC's ou Necrotérios. “Quando o filho aprende honrar e respeitar os seus pais, ele também deve respeitar a sua professora. Também deve respeitar as pessoas idosas”(WIESKE), respeitará os Oficiais da Igreja, os Governantes, os Patrões. Serão bons empregados e bons patrões; bons maridos e esposas; atenderão à disciplina do Estado, da Sociedade ou da Igreja.

Infelizmente estamos criando uma sociedade de Narcisistas, de Arrogantes, de Individualistas e Materialistas (IVAN GUEDES). E esta criação é vista na rebelião contra Deus e Seu Reino.

A violação deste Mandamento é a destruição da Sociedade. O que começa no Lar, certamente irá para a Sociedade. O dever de obediência “a nossos superiores, e a submissão à lei, como prescrito no quinto mandamento, é a fonte de toda a ordem familiar, na Igreja e no Estado”(HODGE).

O remédio é o voltar a obediência do princípio eterno e sábio do Senhor Deus, como revelado por Jesus Cristo: “faze isto, e viverás” (Lc 10.28).
Rev. Gaspar de Souza. SDG

sábado, 4 de julho de 2009

P 64, 65: QUE EXIGE E O QUE PROÍBE O QUINTO MANDAMENTO?


Resposta: O quinto mandamento exige a conservação da honra e o desempenho dos deveres pertencentes a cada um em suas diferentes condições e relações, como superiores, inferiores ou iguais. O quinto mandamento proíbe o negligenciarmos ou fazermos alguma coisa contra a honra e o dever que pertencem a cada um em suas diferentes condições e relações”(Rm 13.7,8).”( Ef 5.21,22; 6.1, 5, 9; Rm 13. 1; 12. 10).


HONRA A TEU PAI E A TUA MÃE - parte 2

Neste Mandamento, pai e mãe são representativos; não são apenas os nossos progenitores, mas representam todos aqueles que estão investidos de autoridade. São eles também representantes de Deus sobre a Terra. Os filhos não devem, portanto, em primeiro lugar, desonrar os seus pais, pois estes são, tal como Deus, a fonte da vida dos filhos e de todo o bem.

A honra ou a reverência dos filhos aos pais constitui a base de uma Sociedade saudável, onde haverá harmonia e respeito aos mais velhos e autoridades. (Ex 21. 15, 17; Dt 21. 18 21).

João Calvino diz que “todos os que violam a autoridade paterna, quer por desprezo, quer por rebelião, são monstros, e não homens”.
Certo teólogo do Antigo Testamento diz sobre este Mandamento:

Nesta exigência para reverenciar aos pais, o Quinto Mandamento ordena o fundamento para a santificação de toda vida social”.(OEHLER).

Também se aplica aos que estão acima de nós seja “em idade ou capacidade, especialmente todos aqueles que, pela ordenação de Deus, estão colocados sobre nós em autoridade, quer na Família, quer na Igreja, quer no Estado”(CMW, P. 124).
Talvez você pergunte: “isto está no texto?”. Sim, está, pois vimos que os termos “pai e mãe” expressam também aqueles que estão acima de nós no cuidado, seja material ou espiritual, seja na aprovação da boa conduta ou na disciplina.

Exige-se daqueles que estão sob autoridade que respeitem em palavras, em procedimento, fidelidade, obediência aos seus mandamentos e conselhos legítimos(CMW, P 127). Que isto é assim, podemos ver no fato de que aos mais velhos, aos governantes, aos patrões e oficiais da Igreja a Escritura exige respeito e honra (Lv 19. 32; Rm 13.4; Ef 6.5; Hb 13.17).

Estes são os deveres impostos pelo Quinto Mandamento. Mas consideremos que a o Mandamento não fala de reverência ou obediência no erro ou naquilo que contrarie a vontade de Deus expresso na Lei. Nenhuma autoridade pode nos obrigar a obedecer a uma ordem idólatra(Dn 3. 1 18; At 4. 14 20).
O Mandamento do Senhor é para ordem e paz. Por outro lado, diz também acerca daqueles que estão sob os nossos cuidados. Mais uma vez isto está implícito nos termos “pai e mãe”. Ora, numa sociedade existem Líderes e Liderados. Estes devem honras àqueles; já aqueles devem cuidados com estes.

Com o Quinto Mandamento o Senhor Deus impede a Ditadura ou Tirania, bem como a Anarquia e Insubmissão. É maravilhoso ver como Deus age para o bem da Sociedade e da Igreja. Ainda por “pai e mãe” pode-se notar a relação entre os iguais, isto é, entre aqueles que estão no mesmo nível hierárquico. Desta forma, o Quinto Mandamento nos fala também do amor ao próximo, em honrar uns dos outros, sejam por palavras, atos ou pensamentos.

Assim, irmãos, é possível afirmar que este Mandamento do Senhor requer de nós a honra e o zelo pela reputação do meu irmão, alegrar-me ou chora com ele, promovendo-lhe o respeito “como sendo de si mesmo”(CMW, P 131).

O dever requerido é, portanto, “o viver em paz e sincero amor uns para com os outros, preferindo-vos em honra uns aos outros (Rm 12. 10)”(THOMAS VICENT), o ter compaixão, cortesia e amabilidade, bem como a prontidão em ser bom para com o irmão.

Em suma, quando se fala no trato com os “iguais”, ou seja, aqueles que não estão sobre nós, nem nós sob eles, trata-se do sujeitai-vos uns aos outros, considerando o outro superior a si mesmo(Fl 2.3), “sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus”(Ef 5.21).

Rev. Gaspar de Souza. SDG

sexta-feira, 26 de junho de 2009

P 63: QUAL É O QUINTO MANDAMENTO?


Resposta: O quinto mandamento é: “Honrarás a teu pai e a tua mãe, para teres uma longa vida sobre a terra que o Senhor teu Deus te há de dar”( Ex 20.12).

HONRA A TEU PAI E A TUA MÃE

A Primeira Tábua nos fala de nossa responsabilidade para com o Senhor Deus; na Segunda nos fala de nossa responsabilidade para o Próximo. É por isso que Cristo Jesus pôde dizer que os Dois Grandes Mandamentos resumem toda a Lei: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.”(Mt 23. 37 40).
Nota-se que Cristo Jesus não anula os Dez Mandamentos, mas explica-os em sua unidade intrínseca. Não é difícil perceber que o Quinto Mandamento tem duas divisões simples:

1) O preceito propriamente dito: “honra o teu pai e a tua mãe” (12a);

2) e o propósito e a promessa do cumprimento “a fim de que isto seja a causa de teres a vida prolongada nos dias sobre a terra que o Senhor teu deu está te dando”(12b).

Este o único Mandamento que inicia com uma forma verbal diferente dos outros (um intensivo); também é o único que contém uma promessa diretamente expressa. A razão disto é que o Quinto Mandamento é representativamente o fundamento para os outros mandamentos da Segunda Tábua, como o Primeiro Mandamento é o fundamento para o Segundo, Terceiro e Quarto Mandamentos.
A Sabedoria de Deus é manifesta no Quinto Mandamento, pois “depois que ele prescreveu leis para a sua própria honra, seu próximo cuidado é a honra de nossos pais; porque eles são, abaixo de Deus, os autores e origens de nossa vida e nosso ser”(Hopkins).
Sabemos também que o Mandamento é mais do que a letra, como ensinou Jesus (Mt 5.21 23; 27, 28; 38, 39 etc) no Novo Testamento e Moisés no Antigo Testamento (Ex 21.15, 17; 22.8; Dt 16.18 etc).
Isto quer dizer que é preciso entender que o Quinto Mandamento nos fala não apenas de “pai e mãe”, mas que tem-se uma sinédoque, uma figura de linguagem, uma maneira de falar onde se emprega um termo com um sentido mais abrangente.
Esta é a finalidade do Quinto Mandamento: Nos exigir “a conservação da honra e o desempenho dos deveres pertencentes a cada um em suas diferentes condições e relações, como superiores, inferiores e iguais”(BCW, P. 64) sendo que “o primeiro em ordem e importância é o dever dos filhos para com seus pais”(HODGE).
E por que isto? Ora, “visto que Deus quer que seja mantida a ordem instituída por Ele, é nosso dever respeitar os graus de preeminência ou de autoridade que Ele estabeleceu” (CALVINO). Para que haja ordem e banir a rebelião e anarquia (negação de qualquer tipo de autoridade), Deus nos dá o Quinto Mandamento.

Rev. Gaspar de Souza. SDG

sexta-feira, 12 de junho de 2009

P 62: QUAIS SÃO AS RAZÕES ANEXAS AO QUARTO MANDAMENTO?


Resposta: As razões anexas ao quarto mandamento são: a permissão de Deus de fazermos uso dos seis dias da semana para os nossos interesses temporais( Ex 31. 15, 16); o reclamar ele para si mesmo a propriedade especial do dia sétimo(Lv 23. 3), o seu próprio exemplo( Ex 31. 17), e a bênção que ele conferiu ao dia de descanso”( Gn 2.3).

A NECESSIDADE QUE O HOMEM TEM DO SÁBADO

É difícil para nós hoje, em meio à profanação escancarada do Dia do Senhor, manter-nos fiéis à autoridade de Deus e às ordens que encontramos no Decálogo. Por todo lado vermos forte oposição. O dia começa com o massudo jornal do Domingo. Os eventos do esporte são a ordem do dia. As forças armadas decidiram que o Dia do Senhor é um dia de treinamento. Para onde quer que nos voltemos enfrentamos as pressões do mundo para negar o que foi dito de nós desde a infância, que a calma santa da manhã do Sábado Cristão deve ser mantida durante o dia todo. Certamente, como crentes em Cristo, sabemos o que devemos fazer. Os mandamentos das Escrituras são claros.[...]. Quando tentamos enfrentar nossos opositores com esses argumentos, isso nada significa para eles. Não se importam com a Escritura Sagrada e não vão escutar. Mas existem argumentos aos quais talvez deem atenção, tudo para a glória de Deus. Na verdade Marcos 2.27 nos ensina: ‘o Sábado foi estabelecido por causa do homem’. Nosso senhor sabia que precisamos desse Dia. Precisamos dele por causa de nossa natureza física. Ele nos fez de tal maneira que precisamos descansar um dia em cada sete. É interessante notar que os deístas da França, muitos anos atrás, aqueles que haviam deixado o catolicismo ronamano mas não se tornaram protestantes, admitian que não conseguiam passar sem o dia de descanso [...]. Precisamos dele comoum dia em que a família pode estar junta. Deus colocou grande ênfase na família, e a Bíblia está cheia de recomendações a serem seguidas pela família. Quando vão ser seguidas? Será que o Sábado Cristão não pode ser usado nessa área importante? A oração, o ensino da Palavra, a comunicação - são importantes todas estas coisas na unidada da família. Precismaos dele para o ensino que podemos obter na Casa de Deus. A pregação da Palavra é o mais importante meio de graça, e nós devemos nos utilizar de toda oportunidade para encher nossa mente com aquelas coisas que nos impedirão de pecar contra Deus. Ele sabia que um dia devia ser separado para a instrução na justiça, e nós devemos fazer uso desse dia. Sejamos fiéis a Deus e a nós mesmos neste asunto. Voltemoss novamente ao Sábado Cristão ‘de antigamente’ antes que seja tarde demais. Estamos em perigo de perder o que temos em nossa liberdade religiosa de nos reunir para o culto, a não ser que tenhamos algumas convicções a respeito.

HORN, Leonard T. Van. Breve Catecismo Comentado. Os Puritanos, 1999, p. 120

sexta-feira, 5 de junho de 2009

P. 6 - 1QUE PROÍBE O QUARTO MANDAMENTO?


Resposta: O quarto mandamento proíbe a omissão ou a negligência no cumprimento dos deveres exigidos( Ez 22. 26; Ml 1. 13; Am 8. 5), e a profanação deste dia por meio de ociosidade, ou fazer aquilo que é em si mesmo pecaminoso( Ez 23. 38), ou por desnecessários pensamentos, palavras ou obras acerca de nossas ocupações e recreações temporais”( Is 58. 13; Jr 17. 24, 27).


A GRAÇA DE DEUS NA PROIBIÇÃO
Proibições nunca são agradáveis. Acreditamos que toda proibição tenha um propósito de nos retirar algum prazer. Mas isto não é verdade. Pense nas placas em algumas praias: proibido banhista perigo de tubarões! Ou nas placas do sistema rodoviário: proibido ultrapassar. Algumas propriedades particulares põem avisos: não entre cão bravo. Será que este tipo de aviso deseja prejudicar ou proteger? Pois bem, o mesmo acontece com os Mandamentos do Senhor e, em especial, o Quarto Mandamento. A proibição acerca do Sabbath não é para nos estragar as alegrias. Antes, é para nos conceder proteção de nós mesmo e do mundo. O Senhor Deus, no Quarto Mandamento, apresenta-nos as proibições no intuito de nos fazer cessar do Mundo e servir a Ele. Assim, omitir-se no cumprimento dos deveres que a Mandamento exige de nós, como por exemplo, deixar a congregação sem motivo justificado na Escritura, é violar este mandamento. Deus nos protege criarmos justificativas, correndo o risco de nos afastar totalmente da congregação de seu povo. Por outro lado, Deus nos proíbe de, nesse dia, ficarmos no ócio, para evitar em nós a preguiça. Isto não é contrário ao descanso físico necessário aos filhos de Deus, mas é fazer do Dia do Senhor um enfado. Também o fato de nos fazer evitar atos e pensamentos desnecessários, palavras ou obras que podemos fazer nos outros seis dias nos trará descanso, inclusive acerca das preocupações que nos envolvem durante a semana. Por fim, Deus nos proíbe as recreações temporais não é porque Ele não deseja que nos divirtamos, mas que tais atividades produzem cansaço e enfado, nos ocupa a mente com aquilo que é em si mesmo desnecessário. Como, então, encontraríamos o Senhor e seus filhos no Culto reservado para Deus estando ansioso que este rico momento acabe logo? Veja: “Hoje o culto está demorando!”; “O pastor está pregando muito!”; “vou perder o programa na TV”; “Como está o meu time?”; “Amanhã (Cf. Mt 6. 33, 34) tenho tal e tal coisa pra fazer...” etc. Diga, como cultuar a Deus com tantas coisas que não nos fazer descansar, antes nos traz preocupações? Durante os outros seis dias estamos ocupados com nossos afazeres, por que, então, estaríamos pré-ocupados no Dia do Senhor? Venha e descanse no Dia que Deus deu a você! O Senhor mostra a Sua graça nas proibições.

Gaspar de Souza. SDG

P. 60: De que modo se deve santificar o Sábado cristão ( domingo)?


Resposta: Deve-se santificar o sábado(= domingo) com um santo repouso por todo aquele dia, mesmo das ocupações e recreações temporais que são permitidas nos outros dias(Lv 23.3; Ex 16. 25-29; Jr 17.21,22); empregando todo o tempo em exercícios públicos e particulares de adoração a Deus(Sl 92.1,2; Lc 4.16; Is 58. 13; At 20. 7, exceto o tempo suficiente para as obras de pura necessidade e misericórdia”( Mt 12. 12).

Preparando-se para o Dia do Senhor

Responda rapidamente: você se preparou para o Culto Público ao Senhor do Dia do Senhor? E no Domingo passado? E no repassado? Qual foi a última vez que você considerou que HOJE é o Dia do Senhor? Os Puritanos chamavam este dia de “Dia de Feira da Alma”. Diz Joseph Pipa que “Ao se referirem ao sábado como ‘o dia de feira da alma’, os puritanos nos lembram que Deus nos deu esse dia acima de todos os outros para conduzirmos os negócios espirituais. O propósito do Quarto Mandamento é nos libertar de nossos negócios diários, de forma que possamos fazer negócio com Ele no ‘dia de feira da alma’”. Para nossa infelicidade, parece-nos que este conceito já está superado. Os séculos anteriores já demonstraram o quanto desrespeitam o Dia do Senhor. Nós cristãos, seguindo o caminho dos ímpios, também testemunhamos contra o Dia do Senhor. Estamos unidos aos ímpios no descasso (não descanso) do Shabath Cristão. Devemos nos preparar para a chegada o Domingo, o dia em que repousamos de nossas atividades diárias. As orientações oferecidas por L. Van Horn são úteis:

1) dedique de antemão o Dia ao Senhor e alegre-se com a perspectiva de ter este dia;

2) Use boa parte da noite anterior (Sábado) para consagrar-se para o encontro com seus irmãos em Cristo. Louve a Deus por isso;

3) Medite, ore, pense nas coisas de Deus e Nele próprio; pense nas suas obras, na sua majestade, na redenção, na volta do Senhor Jesus etc.

4) Ore pelo pastor, para que ele esteja preparado para pregação da Palavra de Deus, o principal meio de graça. Coloque-o perante o trono de Deus; ore para que ele seja um vaso apto para o uso do Mestre.

5) Ore para que a Palavra de Deus fale ao seu coração; para que Deus responda as suas orações; que salve pecadores; para que haja transformação e renovação nas vidas das pessoas.

“Deus determinou este dia para as transações especiais com Ele. Quando estruturarmos o dia em conformidade com isso, iremos gozar dos benefícios prometidos em Isaías 58:13,14. “Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no meu santo dia; se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do SENHOR, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs, então, te deleitarás no SENHOR. Eu te farei cavalgar sobre os altos da terra e te sustentarei com a herança de Jacó, teu pai, porque a boca do SENHOR o disse”.

Adaptado por Gaspar de Souza. SDG

quinta-feira, 21 de maio de 2009

P. 59: QUAL DOS SETE DIAS DEUS DESIGNOU PARA SER O SÁBADO (DESCANSO) SEMANAL?


Resposta: Desde o princípio do mundo até à ressurreição de Cristo, Deus designou o sétimo dia da semana para o descanso semanal( Gn 2.3 Lc 23.56); e a partir de então, prevaleceu o primeiro dia da semana para continuar sempre até ao fim do mundo, que é o sábado cristão(domingo)( At 20.7; I Co 16.1,2 Jo 20.19-26).

Sábado ou Domingo?
O argumento para a observância do Sabbath no Domingo que acho mais convincente é o seguinte: Começamos com a premissa que a Bíblia na verdade não diz que devemos nos reunir no sétimo dia da semana.
Antes, ela ensina que devemos nos reunir no sétimo dia (sem a qualificação “da semana”). O Antigo Testamento em hebraico normalmente usa a frase “o sétimo dia”, sem qualificações, para se referir a dias que não eram o sétimo dia do mês, e que possivelmente não teriam caído no mesmo dia da semana ano após ano (e.g. Ex. 12:15,16; 13:6; Lv. 23:6-8; 13:5,6,27,32,34,51; 14:9,39; Nm. 6:9; 7:1-48; 19:12,19; 28:17-25; 31:19,24; Dt. 16:1-8; Josh. 6:4,15; Jz. 14:12-18; 2Sm. 12:18; 1Rs. 20:29; Et. 1:10).
Esses usos da frase parece simplesmente significar “sete dias mais tarde”. Além do mais, havia alguns Sabbath que não eram no sétimo dia (e.g. Lv. 23:27-32,39). Similarmente, em Êxodo 16, onde Deus ordenou que os israelitas observassem o Sabbath no deserto, ele indicou que dia seria o Sabbath, não se referindo aos dias da semana, mas pedindo para que eles contassem os dias nos quais tinham recebido maná (Ex. 16:4-5,22-23).
A Bíblia não diz que eles começaram a receber maná no primeiro dia da semana, mas marca o tempo desde “os quinze dias do mês segundo, depois de sua saída da terra do Egito” (Ex. 16:1).
Não possuímos um calendário hebraico antigo, e não sabemos em qual dia o Sabbath caia no deserto. De fato, é inteiramente possível que os hebreus não determinaram que dia era o Sabbath olhando no calendário para achar o sétimo dia da semana, mas determinaram o sétimo dia da semana após determinar em primeiro lugar quando era o Sabbath.
Avaliando todas as ocorrências de “sétimo dia” no Antigo Testamento, e olhando para a instituição do Sabbath, parece que o Antigo Testamento não ensina claramente que o Sabbath deve ser observado no sétimo dia da semana – ou pelo menos que o calendário semanal não deve ser usado para determinar qual dia é o sétimo.
No Novo Testamento, os judeus celebravam o Sabbath no que era geralmente reconhecido como o sétimo dia da semana (Mt. 28:1; Mc 16:1- 2; Lc 23:56-24:1), e Jesus reconheceu a escolha dos dias por eles (e.g. Mt. 12:1-13; Lc 13:14-16).
Contudo, nem Jesus ou algum escritor do Novo Testamento indicaram que o dia do Sabbath tinha que cair no sétimo dia da semana, como determinado por algum calendário regular.
Baseada nesse pensamento, a igreja do Novo Testamento, sob a orientação dos apóstolos, aparentemente sentiu-se livre para mudar o dia da observância, e ligá-la ao calendário secular.
Ela ainda manteve o padrão do mandamento seis-dias-mais-um, mas mudou a observância do seu Sabbath para o primeiro dia da semana do calendário secular. Mui provavelmente os cristãos escolheram esse dia porque era o dia no qual Jesus tinha ressurgido dentre os mortos (Mt. 28:1; Mc 16:2; Lc 25:1; Jo 20:1).
O Senhor ressurreto também escolheu o primeiro dia da semana para se manifestar aos seus discípulos quando estes estavam reunidos (Jo 20:19,26). Em todo caso, parece que o primeiro dia da semana provavelmente veio a ser conhecido como o “Dia do Senhor” (Ap. 1:10), e parece ter sido o dia no qual a igreja se reunia com a aprovação dos Apóstolos (At 20:7). Não parece haver alguma evidência no Novo Testamento que a igreja primitiva sentiu-se compelida a observar o sétimo dia da semana como o Sabbath, e há certa possível evidência que Paulo ensinou que os cristãos não estavam obrigados a observar esse dia particular (Cl. 2:16).
Concluindo, a prática da observância do Sabbath no Domingo é baseada primeiramente no entendimento que a Bíblia não ordena a observância no sétimo dia do calendário semanal, e em segundo lugar na tradição da igreja estabelecida sob a aprovação dos Apóstolos.

Fonte: http://www.monergismo.com/textos/dez_mandamentos/sabbath-sabado-domingo_Ra-McLaughlin.pdf